top of page

Documentário "Protetores do Planeta Terra" estreia no Amazon Prime Video e no Apple TV+ em 15 de março



Como uma das mais importantes artistas ambientais da atualidade, a franco-americana Anne de Carbuccia tem retratado artisticamente e documentado, durante a última década, as ameaças ao planeta causadas pelo homem, incluindo secas, oceanos de plástico, espécies extintas e culturas ameaçadas. Seu longa Protetores do Planeta Terra aborda a necessidade de mudança frente aos danos causados pelo consumo excessivo de recursos naturais, reflexo das atividades humanas no meio ambiente. O impacto dessas ações é tão grande que existe uma corrente de cientistas que defende que os humanos estão mudando o Planeta e seus processos em uma escala muito maior do que todas as outras forças naturais combinadas. Desta forma, o planeta estaria vivenciando o que se convencionou chamar de Antropoceno.


A produção do filme é da fundação One Planet One Future e a obra será lançada no Amazon Prime Video e no Apple TV, em 15 de março.


Viajando pelo mundo enquanto produzia seu trabalho artístico, Anne encontrou diversos jovens que trabalham para salvar o planeta tendo esse compromisso inabalável como um dos seus objetivos. São esses jovens que a artista chama de Protetores do Planeta. O longa retrata de forma poética o árduo trabalho dessa juventude que luta por um mundo melhor.


“Comecei a filmar porque muitas pessoas não acreditavam realmente que eu estava indo fisicamente a esses lugares para criar minhas instalações. Aos poucos, a realização do filme documental tornou-se uma narrativa, uma história. Comecei escrevendo e dirigindo alguns curtas-metragens e tive uma noção do extraordinário alcance do filme, de quanta consciência você pode criar com o cinema. É um dos instrumentos mais poderosos para a mudança. Então é claro que o próximo passo foi um longa-metragem!”, conta.


Por meio de uma viagem cinematográfica emocionante, Protetores do Planeta Terra atravessa os continentes para encontrar estes agentes de mudança que dedicam suas vidas ao nosso planeta. Conhecemos Lili no Yucatán, Tashi no Mustang, Dasha na Sibéria, Mariasole na Itália, Alexandria em Nova York e Jared na Amazônia peruana. São jovens que estão combatendo as secas, protegendo recifes, ajudando refugiados climáticos e defendendo a Amazônia; e todos eles estão contribuindo para criar um novo sistema. Eles formam um coletivo de empoderamento cidadão e suas vozes se tornam uma voz no filme.


Anne conta que o conceito de Protetores do Planeta Terra surgiu aos poucos ao longo do tempo. “Comecei a visitar cada vez mais lugares remotos que são quase impossíveis de chegar sem um morador local ou um guia: é preciso ser convidado ou ter bons contatos por lá. Eu conhecia pessoas nas minhas exposições ou alguém via a arte e depois me convidava para ir ao seu país. Foi assim que criei esta rede única de amigos e aliados.”


Ela explica que quanto mais viajava, mais encontrava essas pessoas notáveis fazendo coisas desafiadoras e inovadoras em ambientes muitas vezes extremos. “Sem eles eu nunca teria criado minha arte naquelas terras distantes. Por meio destas experiências, um padrão começou a tomar forma: a vida destes jovens que amavam a sua região e cultura e agiam para protegê-las. Suas histórias tornaram-se maiores do que a única narrativa da arte. Eles também foram um exemplo tão positivo para mim que decidi que também poderiam ser para outros.”


Além dos Protetores da Terra, o longa também traz conversas entre Anne e a cientista e oceanógrafa Julie Pullen. A diretora confessa que, para transformar o planeta, a ciência é fundamental para a compreensão e também para encontrar soluções e maneiras de agir.


“Conheci Julie em uma de minhas exposições em Nova York, e ela me disse que se identificava com a arte. Ela sentiu que eu estava representando artisticamente como ela se sentia por dentro. Esse foi outro momento de evolução para mim. Testemunhar em primeira mão como muitos de nós tínhamos a mesma narrativa, mas apenas a expressamos de maneiras diferentes, e que pudéssemos ter um diálogo em todos os campos. A partir de então, continuamos nossas conversas porque havia muita experiência que podíamos compartilhar e podíamos ajudar uns aos outros a crescer. O material que se vê no filme faz parte dessas conversas.”


A diretora tem também uma forte ligação com o Brasil. Em 2013, ao lado de outros artistas, Anne foi a uma expedição ao Mato Grosso, para ajudar a encontrar novas ideias para proteger o planeta. Além disso, passou várias semanas com a tribo Waujá e, em colaboração com eles, criou as instalações TimeShrine. Depois dessas experiências, expandiu o foco de sua arte no sentido de conscientizar o mundo sobre a importância de proteger as florestas primárias.


Como cineasta, Anne também contribuiu, a partir desses projetos, com o curta Refugia para o filme coletivo Interactions, produzido pela Art For The World, que também inclui obras de Takuma Kuikuro e Oskar Metsavaht. O filme foi apresentado no Festival de Roma de 2022, onde também aconteceu um encontro entre os cineastas que debateram sobre suas missões e mensagens em comum. O curta foi lançado no Brasil em março de 2023 como parte do projeto 'Interactions - When Cinema looks To Nature' disponível atualmente na plataforma do SESC.


Sinopse

Em lugares remotos ameaçados pelas alterações climáticas, a perda ambiental também se transforma em perda cultural. Os Protetores da Terra são jovens que não desistem; eles se adaptam e escolhem proteger a Terra. Eles ficam e lutam pelo nosso planeta com criatividade, inovação e tecnologia. A beleza e a arte são ferramentas poderosas para convencer todos nós a nos tornarmos Protetores do Planeta.



bottom of page