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Com Maeve Jinkings, "Carvão", de Carolina Markowicz, estreia dia 03/11



Primeiro longa da premiada diretora de curtas Carolina Markowicz, Carvão chega aos cinemas no dia 03 de novembro. Antes disso, porém, o filme será exibido na Mostra Competitiva de Longas de Ficção, na Première Brasil do Festival do Rio, que acontece entre 06 e 16 de outubro. Sua primeira sessão mundial aconteceu no Festival Internacional de Toronto, e, depois, foi exibido no Festival de Cinema de San Sebastian.


Carvão é produzido pela Superfilmes, e coproduzido pela Biônica Filmes e pela argentina Ajimolido, o longa será lançado nos cinemas pela Pandora Filmes, e traz no elenco Maeve Jinkings, Romulo Braga, Camila Márdila e o argentino César Bordón.


No filme, Maeve (O Som ao Redor, Boi Neon e Aquarius) interpreta Irene que, com seu marido, Jairo (Braga), tem uma pequena carvoaria no quintal de casa, numa cidade do interior. Eles têm um filho pequeno, Jean (Jean Costa), e o pai dela não sai mais da cama, não fala, não ouve.


Tudo muda quando decidem hospedar em sua casa, em troca de uma boa quantidade em dinheiro, um estrangeiro misterioso, interpretado por Bordón (Relatos Selvagens e Mulher sem Cabeça). A chegada do homem, um sujeito pouco simpático que não fala português, transforma, não necessariamente para melhor, a dinâmica da vida da família de Irene, além de os colocar risco, a ponto dela pensar se aquilo tudo vale a pena.


“Não há mais absurdo no Brasil. Carvão é a minha tentativa de compreender isso. Como chegamos a esse ponto?”, declarou a diretora, que também assina o roteiro, à revista Variety na exibição do filme em San Sebastian.


“Ouvimos nosso presidente dizer que preferiria ter um filho morto a um filho gay. Ouvimos o executivo da maior seguradora de saúde dizer que foram orientados por seus CEOs a deixar as pessoas morrerem durante a pandemia porque ‘morte é alta hospitalar’.”


O filme foi rodado em Jordanópolis, interior de São Paulo, uma cidade próxima à qual a diretora cresceu, e ela confessa conhecer bem esse ambiente rural e retrógrado. “Lá, vivenciei tudo o que uma pequena cidade conservadora pode oferecer: pessoas cuidando da vida umas das outras, famílias unidas pelo fato de que “a família deve ficar unida”, casamentos onde os casais quase se odiavam (mas como é vergonhoso ser solteiro, vamos manter o status quo!). E claro: você pode ser um assassino, mas por favor não seja gay.”


Neste ano, o filme foi o vencedor do CICAE (distribuidores de cinema de arte europeu) awards, no Cine en Construcción Toulouse 2022, concedido a filmes na fase de pós-produção. Na justificativa do prêmio, o júri ressaltou a originalidade da história, além do trabalho de direção, e um alto potencial de público.


A equipe artística de Carvão conta direção de fotografia de Pepe Mendes (O Órfão); direção de arte de Marines Mencio (Meu nome é Bagdá) e Natalia Krieger (Um loiro); montagem do argentino Lautaro Colace (Esto no es un golpe); figurino assinado por Gabi Pinesso (O Órfão); e a trilha sonora é de Filipe Derado (O Órfão) e do argentino Alejandro Kauderer (Minha obra-prima).


Sinopse


Numa pequena cidade do interior, uma família recebe uma proposta rentosa, mas também perigosa: hospedar um desconhecido em sua casa. Antes mesmo da chegada dele, no entanto, arranjos precisarão ser feitos, e a vida em família começa a se transformar. Porém, nenhum dos familiares, e muito menos o próprio hóspede, vê suas expectativas cumpridas. Carvão é um retrato ácido de um Brasil onde impera a naturalização do absurdo.



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